domingo, 24 de agosto de 2008

Cobradores Implacáceis

As batidas na porta não cessam, meus três cobradores estão ali para me cobrar a divida não sei qual dos três está mais furioso comigo. Eu que a consciência é a que está menos brava, também não é a toa que começo essas linhas.

Acho que o golpe mais fraco será do Karma, como posso ser atingido por algo que não acredito que exista, mas ai entra a contradição se eu não acredito que ela exista como sei que ela também está ali do lado de fora do meu quarto para pegar seu pagamento. A outra cobradora é a cobradora que todos os homens devem pagar, não existe um que não tenha pagado ou que deixará de pagar, você pode até ir pagando aos poucos, mas no final a cobrança é de matar.

Não tenho muito tempo vou tentar deixar o máximo de informações possíveis, pode ser que elas nem ao menos se conectem, a tantos pensamentos voando em minha cabeça que ta difícil se ater a um só. Sei pelo menos por onde começar e por onde terminar agora o caminho que será percorrido entre esses dois pontos é o que será fabuloso. Em uma viajem o mais importante não é o destino e sim a jornada.

Toc. Bum. Toc. São as batidas que soam da porta fico me perguntando por que as três resolveram virem juntas, 3 cobradoras, 3 batidas a cada 3 minutos. Porque esse número me persegue tanto mais não há tempo de explicar isso. Vamos ao que eu realmente vim fazer aqui, só não sei se conseguirei terminar. Cobradoras impiedosas.

Acho que a lembrança mais antiga que tenho e por volta dos 4 ou 5 anos, elas me faz lembrar de coisas da qual esconde de muitos amigos, nem sei se todas as lembranças são reais, algumas acho que são criadas. Sempre tive muito a frente dos meus amigos, acho que fui o primeiro a experimentar muitas coisas antes deles. Mas isso não quer dizer que eu seja mais experiente, ou melhor, porque com essa idade você não absorve nada que aprende, você apenas vivencia, só fui pensar no que realmente aconteceu anos depois, mas ai já era tarde demais para discutir isso com meus amigos, até porque alguns não acreditariam, uma coisa que aprendi ninguém precisa saber o que você ou não, deixe eles pensarem o que quiser de você, fico contente em saber o que fiz e o que finalmente aprendi com isso. É engraçado ver o que as pessoas acham de você quando não sabem nada de você.

Retornando acho que meu primeiro contato com o “sexo” foi aos 6 anos, alguns achariam absurdo, o que posso dizer sou meio precoce, só no sentido de aprender. rs Quando eu poderia contar ou conversar com algum amigo sobre isso, eu tinha pulado toda a introdução e ido para o final do livro. Pelo menos eu achava pois esse final nunca chegou, cada vez descubro sub-capitulos no capitulo final. Por volta dos meus 15 ou 16 anos, comecei o que muitos chamam de “idade do terror” eu estava tranqüilo, já tinha perdido minha virgindade. Toc. Bum. Toc. Novamente as batidas na porta.

Desculpe com as batidas meio que esqueço o que fazendo, voltando ao assunto. Quando entrei no ensino médio acho que vi e fiz, mas coisas que todos meus amigos juntos, pelo menos levando em conta os que eles me contaram, mas acredito que eles fazem o mesmo que eu, existe coisas que não precisamos falar para ninguém.

Com essa coisa de esconder coisas pessoas, comecei a criar outras identidades, não que elas sejam falsas, apenas dividi minhas características me moldei as situações. Não para enganar, não para conseguir ganhos de qualquer espécie apenas para me controlar com certas pessoas.

Tudo isso acontecia ao mesmo tempo, minha vida dava passos em forma de P.G enquanto meu discernimento em P. A, minha rede de amigos aumentou de tal forma que fiquei surpreso. Tenho muito orgulho de dizer isso conheço pessoas onde eu for não porque eu queira ser famoso ou coisa parecia, apenas porque gosto de conhecer gente, fazer amizades.

Estão vendo o que o medo nos faz? Não consigo me ater a um único pensamento. Falo sobre amizade, sexo, amor, juventude e experiência, mas ao mesmo tempo não digo nada. Tantas coisas para explicar, para me desculpar, para esclarecer. Mais uma missão não cumprida isso se tornou rotina na minha vida.

A porta se escancarou elas estão ai, sinto me fintando por debaixo dos capuzes, vou pagar minha divida não acredito que voltarei para terminar meu relato, mas a vida é assim, nem sempre terminamos o que queremos...