quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os varios "EUs"

Abro a porta do apartamento com mais um romance terminado nas costa, não sei por que isso sempre comigo. Então pego uma cadeira coloco em frente a minha mesa com minha maquina de escrever e começo a escrever o que pode ser minha carta de despedida.

Como posso começar a contar o que acabo de fazer e dizer que a culpa não é minha? Tenho que começar lá da minha infância para vocês verem porque tenho esse tipo de comportamento. Por volta dos meus 5 ou 6 anos tive uma babá, como meus pais trabalhavam fora e eu era filho único tiveram que arrumar alguém para ficar comigo, acho que foi a primeira vez que vi um corpo de mulher nu, não lembro muito bem quantos anos ela tinha, mas assim que meus saiam ela me deixava pegar em seus seios e chupá-los era magnífico fica ali, lembro de certa vez em que ela colocava meu órgão genital em sua boca, e pedia para eu fazer isso com ela também. Ela não durou muito tempo tomando conta de mim, acho que fui contar a meu pai que tinha chupado os seios dela antes mesmo de entender o que aquilo significava.

Como eu era um garoto muito solitário vivia dormindo na casa dos meus tios, lembro também de brincadeiras que fazia com minhas primas enquanto todos dormiam isso eu já tinha cerca de 9 a 12 anos. Aos 13 anos perdi minha virgindade, não me lembro muito dessa noite, acho que foi porque deve ter sido muito ruim.

Fui crescendo, crescendo, crescendo ficando pior, lá pelos meus 15 a 16 anos entrei no ensino médio, tenho certeza em dizer que do que vivi ali e experiência que tive foi maior que todos meus amigos de infância tiveram juntos até então. A moeda carnal era trocada por muitas coisas, promiscuidade, orgia, luxuria faziam parte do meu cotidiano.

Vocês estão entendendo o tipo de criação eu tive? Mas ao mesmo tempo tive que esconder isso tudo de todos, criar vários “eus”. Me acostumei com a idéia usava essas múltiplas personalidades para conseguir tudo que eu queria: favores, meninas entre outros. Mas nunca consegui dizer “te amo”, “é meu amigo” ... sem realmente acreditar nisso, essas personalidades acabaram fazendo de mim o que sou hoje, um misto de varias identidades, consigo controlá-las, todos que me cercam hoje são meus fieis, como uma grande família, família da qual nunca traia ou fui falso. Mas eles sabem a verdade sobre mim.

Acho que acabei me alongando demais em minha vida. Vamos nos ater aos fatos, hoje por volta das 6 horas estava na casa da minha noiva esperando-a quando sua irmã chegou, tivemos uma conversa, quando dei por mim estamos jogados no tapete da sala, foi quando Luiza chegou. Não estou tentando me desculpar fiz porque quis, mas não foi minha culpa desde de pequeno está imbuído no meu cotidiano coisas desse tipo, sei que acabou tudo com Luiza, mas isso não quer dizer que não posso consertar as coisas. Mato me hoje para amanhã nascer de novo, nascer algum dos vários “eus” para que isso nunca mais se repita. Não me julgue quando ler essa carta, você ainda não se deu conta mais em você também existe isso.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O importante é você!

Sentindo seu corpo sobre o meu é uma mistura de varias sensações. Penso no destino, no acaso, no futuro, no passado e no presente fazendo minha cabeça revirar e sua imagem dilui na minha frente dando lugar a recordações da minha infância, passando pela minha adolescência até o momento presente.

Aos poucos penso em tudo que aprendi, que a dor e a angustia nos aproxima das pessoas para procurar conforto.

Minha cabeça agora me leva ao futuro, não um futuro possível para nós, mas um futuro que existe somente nas minhas maiores fantasias.

Sou trazido a nossa cama pelo sussurrar em meus ouvidos “Porque está com essa cara de bobo? Está tão bom assim?” você me diz. A imagem do futuro dá lugar ao seu sorriso, sorriso do qual é um misto de excitação e glamour. Sorriso pelo qual me deixa tão dilubriado na sua frente.

Você novamente me pergunta: “No que estava pensando?”

Marotamente respondo: “Em tudo, no antes, no agora e no depois”

Seu sorriso desaparece pela primeira vez enquanto fazemos amor e me diz: “Você sabe que existirá o depois”. “Desde do momento em que te conheci tudo que aconteceu em minha vida estava ligado a você”.

Respondo-lhe: “Por isso mesmo, não precisamos fazer nada que não queiramos não me interessa se foi por causa do destino ou o acaso que estamos aqui hoje, nosso destino somos nós mesmos que escolhemos e eu escolho você”.

Ela volta com seu sorriso e diz: “Não importa com quem você na sua imagem o que realmente importa é se você está feliz nela e a minha imagem é o agora e eu estou muito feliz. Te amo”.