segunda-feira, 21 de abril de 2008

Diante dela lhe faltam palavras, tentar colocar em ordem a bagunça que está seus pensamentos, para que possa balbuciar pelo menos alguma palavra reconfortante, mas no momento em que as palavras se formam de maneira clara em sua mente são devastadas pelo “sorriso de monalisa” que ela emana.

Já Diana não sabe o que estar por vim, Paulo nesses últimos dias se tornou imprevisível. Mas nunca mudou seus ideais, mesmo ter se apaixonado por ele do jeito que é, muitas das vezes queria que ele fosse tomado pelo sentimento do que pela razão. Diana só queria ouvir uma única palavra sair da boca de Paulo: “fique”. Mas sabia que seria difícil essa sair. Largaria tudo para ficar com ele, tomaria um rumo novo em sua vida ao lado de Paulo.

Paulo olhando para Diana sabe o que ela queria ouvir, tinha aprendido a ver isso nas pessoas, usava isso para ganhar meninas e amigos, mas não poderia fazer isso com ela, não com ela, não hoje e nem nunca.

As palavras saem da sua boca: “Você precisa ir Diana, se formos para ficarmos juntos nós ficaremos, você é única e sempre será. Mas você precisa ir”.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O que seria o nosso cerne?

Sentada em umas das poltronas do confortável avião Sofia fica pensando em tudo que acabou de passar, vê Jimmy correndo pelos corredores do avião tentando acertar os outros passageiros com sua bengala feita de bambu, mas como já de costume todos ignoram Jimmy com exceção de Sofia. Os pensamentos são levados a sua infância depois a sua adolescência, passando pelo seu único e grande amor e voltando ao presente, ela vira a cabeça a fim de ver o Jimmy, mas não era preciso. Ele estava ao lado dela agora, apesar de ser baixo Jimmy parecia com um anão desses de filmes épicos. Jimmy abaixa sua bengala e diz: “Existe pessoas que nunca chegam a entender o cerne da própria existência, mas nunca é tarde demais”. Sofia lhe responde: “Minha vida nunca passou de um tango macabro que dançava com minha alma aterrorizada e mesmo assim nunca quis parar de dançar” ela dá um longo suspiro e continua “Mas toda vida que tenho hoje eu mesma a criei, eu mesma conduzi, criei você entre vários outros”.
Com olhar sereno que foi difícil distinguir com aparecia bruta que Jimmy tinha lhe diz: “Ao longo desses anos vi você crescer, acertar e errar. Percebo frustração, medo e perdição em sua voz, você ainda tem uma vida inteira pela frente não chegou nem aos 30 anos, lembre das palavras da sua mãe no leito de morte”. “Sofia quando você se sentir com medo e perdida pare e respire, depois volte ao lugar seguro, volte ao fundo do seu coração que ele lhe dará as respostas necessárias par seguir em frente, eu confio em seu julgamento”. Com sua ultima palavras Jimmy voltou a correr em torno dos outros passageiros.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Obrigado


A mesa farta esperando a hora de ser servida aos convidados mais antes disso teria o discurso do aniversariante. Em pé sobre um mini-palco improvisado Ricardo está contemplando umas das mas bonitas cenas de sua vida.
Não falta ninguém seus pais no centro das pequenas mesas, dividas para os convidados, olhando-o com olhos emocionados, seu irmã junta a namorada lhe dando aquele grande sorriso, seus tios, tias, primas, primas entre outros todos observando-o amigos de infância o qual nunca se separaram entre outros tantos amigos que fez no seu caminho até ai. Ele tenta se concentrar no que dizer e parece que todos os convidados esperam um discurso mirabolante e hilário como já é de costume Ricardo fazer.
É difícil para Ricardo distinguir os vários grupos de amigos e familiares, para ele todos que estão ai fazem parte de uma grande família criada por ele próprio.
O estranho pensar em como foi abençoado por ter todos eles ali, comemorando com ele, seu 30° aniversario. Em pé ao seu lado está sua esposa Ártemis com seu primeiro do que ele imagina ser “o primeiro de muitos”, lhe foi dado o nome de Órion.
Não se lembra em ter estado mais feliz do que nesse momento, ainda com os olhos compenetrados nele os convidados esperam o inicio do discurso. Mas dessa vez Ricardo não queria dizer nada, não teria palavras suficiente para descrever o que estava sentindo ou o que queria realmente dizer. Lembrou que as menores palavras podem ter um grande significado depende apenas de quem a ouvir. Erguendo seu copo de rum disse: “Obrigado”.
O estrondo de gritos e aplausos foram ensurdecedores, ninguém esperava dele mais do que a verdade e com um largo sorriso voltou a mesa dos seus pais com sua esposa e filho.